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EXPOSIÇÃO CULTURA CAIÇARA

A exposição traz o ambiente e o universo da cultura caiçara em seus mais diversos aspectos: culinária, música e pesca. E apresenta dois personagens significativos da realidade vivida pelas famílias que foram expulsas de suas terras por decorrência da criação da Estação Ecológica Jureia-Itatins. Cleiton do Prado Carneiro permanece em território caiçara, mestre dos saberes e fazeres da cultura caiçara. Érico de Almeida reside em Peruíbe, trouxe consigo, entre outras, habilidades adquiridas na confecção de artefatos úteis à vida em comunidade, empregando-as na criação de peças artesanais.   

Ouça os áudios de Fátima Cristina Pires, antropóloga de origem caiçara, repleto de referências às imagens expostas.

Fotos de Josy Inácio, Pierina Ballarini, Roberto Rosa, Fátima Cristina Pires, Luciano Netto e Rose Inácio.

Ouça Pesca

A PESCA

As civilizações nasceram a beira dos rios e evoluíram ao lado deles. Os mesopotâmios com o Tigre e o Eufrates, os Egípcios com o Nilo, os Chineses com o Rio Amarelo, os indianos com os Ganges. No Brasil, são vários os rios que se destacam e são vitais para suas regiões. O Amazonas, o São Francisco, o Rio Ribeira e o Rio Preto, em Peruíbe.

A alma caiçara está ligada diretamente às águas dos rios e do mar. As embarcações e os vários modos de pescar compõem sua rica identidade cultural.

ÉRICO DE ALMEIDA - Artesão

Com as proibições decorrentes da criação da Reserva da Juréia, as famílias caiçaras residentes nas áreas apropriadas pelo Estado, ficaram sem condições de permanecerem em seus territórios. Seu Érico conta que não se pode mais roçar para o plantio de arroz, mandioca, feijão, banana, nem tirar a caxeta. As famílias foram abandonando suas terras, alguns foram para Peruíbe, outros Santos, Itanhaém e Iguape. Um dos produtos fabricados pelos caiçaras que lá moravam era a Farinha de Ostra feita no moinho e transportado de barco para Santos. Seu Érico ainda mantém o sítio em Remessa, localidade às margens do Rio Comprido no interior da mata. Dona Glória, sua esposa, lembra dos alegres bailes de Fandango, onde a comunidade se encontrava. Muito café e comida para brincar a noite toda. Os moradores revezavam na viola, na rabeca e no pandeiro para a música e a dança raiarem no dia seguinte.

Ouça Culinária

CULINÁRIA

A culinária em muitas ocasiões é considerada um ato sagrado. Consideradas Patrimônio Imaterial, as receitas são heranças passadas de geração a geração. Além da memória cultural, é parte fundamental da memória afetiva.

Ouça aspectos da música caiçara

CLEITON DO PRADO CARNEIRO - Fandangueiro

Caiçara tradicional, Cleiton vem de família que vive há oito gerações na região da Jureia, litoral sul de São Paulo. Ao lado da Associação Mandicuera, Paranaguá (PR), e da União dos moradores da Jureia, luta pelo Território Tradicional Caiçara.

A exposição traz um dos seus ofícios: a lutheraria. Cleiton constrói instrumentos de fandango, além de violão, cavaco, viola caipira, bandolim e outros. Busca preservar e difundir a cultura caiçara por meio de oficinas que ministra por todo o território caiçara, de Paranaguá (PR) a Parati (RJ). 

Fotos cedidas por Cleiton do Prado.

Ouça Ambiente

AMBIENTE

O litoral sempre foi o ambiente dos caiçaras. O modo de extrair e preservar é uma herança direta da cultura indígena. Mar, matas e rios são as fontes do que necessitam para viver. Respeitado os ciclos da natureza, extraem o alimento e os remédios, constroem habitações, canoas, artefatos e utensílios. Todo o seu contexto cultural está ligado a esse ambiente.

Ouça Tráfico

TRÁFICO DE FARINHA

Tráfico de Farinha é a casa onde se fabrica artesanalmente a farinha de mandioca. Após a colheita da mandioca, o caiçara a leva para a casa do tráfico de farinha. Lá, ele irá raspar, lavar e deixar secar para, depois, ralar até obter a massa.

Fotos tiradas no Museu Conceição, patrimônio histórico de Itanhaém/SP, localizado no centro histórico do município. O prédio data do período anterior à fundação da antiga Vila de Nossa Senhora de Conceição (1561).

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